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domingo, 14 de novembro de 2010

3º Concurso de idéias en la red na VI Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo, Lisboa (2008)
Projeto em parceria com os arquitetos Jeffer Santos, João Guilherme Nardo, Lívia Ferraz e Thiago Bicas.

A princípio, era apenas um projeto candidato à VI Bienal Internacional de Arquitetura. Diante do resultado final, resolvemos, posteriormente, inscrevê-lo para a Bienal Ibero-Americana de Lisboa.

Público x privado. É possível uma interação?
“A justiça social não é um princípio de massa, mas sim, de indivíduos. Mesmo que a massa se satisfaça com seu estado, há sempre um individuo que sofre. Poderia haver justiça humana nisso? Se respondermos que sim, justificaremos a opressão... Para construir uma sociedade justa é preciso que essas pessoas exiladas recebam primeiramente justiça. Chama a essa pessoa, o habitante. Chama a esta pessoa de você, você mesmo” (Woods, Lebbeus - Anarquitetura: a arquitetura é uma ação política).



Os centros urbanos contêm uma massa marginalizada, mas, assim como o texto diz, essa deve ser ‘miniaturizada’ para a escala do indivíduo que convive com uma arquitetura que sempre lhe ‘vira as contas’ através de muros, grades, injustiças, exclusão; estes que são ícones do privado que se proliferam na cidade engolindo o público. Nós compartilhamos a visão do arquiteto Lebbeus Woods e acreditamos que para chegar a esta justiça social através do indivíduo, a relação do público com o privado deve ser subvertida até que ambos se tornem um, pois se estes dois conceitos são genitores da luta social, nada mais justo que fundi-los para assim alcançarmos algo novo, onde o público se torna privado através do indivíduo.

Para mostrar este conceito de fusão inicialmente criamos um objeto que destoasse quase que completamente do entorno, afinal, a ruptura gera reflexão. Refletir sobre a questão do que é público ou privado é o primeiro passo para entender como uni-los de forma a subverter os conceitos.



Assista ao vídeo:



O projeto então não tem limite interno ou externo, começo ou fim, pois assim o espaço é puramente espaço e pode receber a intervenção humana, a apropriação do individuo. 



Com a inserção deste edifício, intencionamos que o entorno também seja revitalizado, não apenas através de obras de melhorias, mas principalmente pelo fluxo de pessoas que será levado para lá. O aumento de pessoas, o aumento de olhares é que trará vida novamente para esta região.

A estrutura que sustenta a laje é feita de concreto armado para possibilitar as formas dos pilares tanto internos quanto externos. São estes pilares espalhados por toda a laje que permitem a interação e apropriação do usuário com o local. Ou seja, os pilares quando se cruzam formam planos que podem receber qualquer tipo de vedação por parte do usuário ou dos comerciantes através da implantação de Outdoors. Já o usuário pode criar uma única ‘parede’ quanto um fechamento de quatro lados ou até conceber sua própria moradia. Dependendo da quantidade ou da maneira que acontecerá a apropriação é que este local se tornará mais ou menos privado.

Entretanto este local não será apenas uma grande praça. Conterá também um programa que vai desde medidas sociais a mobiliários na área. Uma obra desta proporção terá um impacto na cidade e na vivência da área. Para que o edifício seja apropriado de maneira progressiva é fundamental a existência de funcionários para auxiliar esta apropriação. Estes, que assim como o arquiteto, serão coadjuvantes nesta função, jamais orientando a apropriação e sim auxiliando nas necessidades de mão-de-obra ou relacionamento entre os usuários permanentes ou efêmeros.

“As utopias não são muitas vezes mais que verdades prematuras.” (Lamartine)
“...e é isso que dá aos nossos sonhos a ousadia: eles podem ser realizados.” (Le Corbusier)

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